Catar

Comitê aponta mais de 400 mortes em construções na Copa

A informação foi confirmada pelo Secretário do Comitê da Copa

O caso segue sendo investigado
O caso segue sendo investigado |  Foto: Fifa
 

Entre 400 e 500 imigrantes morreram nas construções do Catar para a Copa do Mundo. A informação foi confirmada pelo Secretário Geral do Comitê da Copa do Mundo, Hassan Al-Thawadi, nesta terça-feira (29). O total é diferente do divulgado até então pelo próprio comitê, quando o número era de 37 funcionários mortos por acidentes não relacionados ao trabalho e três mortes por incidentes em locais de trabalho. 

A nova estimativa foi dada pelo secretário no canal britânico Talk TV. Em sua fala, ele ainda disse que o número exato, entre 400 e 500, estava sendo discutido. 

Após a fala polêmica, o Supremo Comitê de Entrega e Legado da Copa do Mundo teve que se pronunciar e afirmou que a estimativa de mais de 400 pessoas mortas no país equivale ao período entre 2014 e 2020 e não apenas às construções da Copa.

"As citações separadas referentes aos números referem-se às estatísticas nacionais que cobrem o período de 2014-2020 para todas as mortes relacionadas ao trabalho (414) em todo o país no Catar, abrangendo todos os setores e nacionalidades", afirmou. 

O comitê comentou sobre a fala do secretário. "O secretário-geral, Hassan Al Thawadi, disse ao programa 'Uncensored' de Piers Morgan que houve 3 mortes relacionadas ao trabalho e 37 mortes não relacionadas ao trabalho nos projetos do Comitê Supremo de Entrega e Legado. Isso é documentado anualmente no relatório público do SC e abrange os 8 estádios, 17 instalações não competitivas e outros locais relacionados sob o escopo do SC", disse a nota. 

O The Guardian, jornal britânico, no entanto, acredita que o número de mortes de imigrantes nas construções para a Copa é maior, chegando a 6.500. O caso segue sendo investigado. 

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